Wednesday, April 20, 2005

Dança

Preciso da dança, de sua graça e leveza, de sinuosidade, de prazer.
São muitas horas sentadas pensando e lendo e escrevendo e processando informações das mais abstratas às mais orgânicas, preciso dançar.

O máximo que posso fazer, por enquanto, é beber uma cerveja bem gelada, quando dá.

Ah, prisão... sinto-me presa, enclausurada em minhas escolhas. Preciso cantar. Sing this soul out of me, dançar essa energia pelas mãos e pés, onde?

Aqui? Nesta sala sem afeto? No meio das pessoas de plástico não pode, qualquer movimento em falso e... se, magicamente, de astróloga você passa a esotérica, imagina se você sai dançando aqui.

Imagina o que vai ser de mim aqui. Eu não suporto, mas sei que ainda suporto mais. Meu limiar se estica... eu me encolho e me ajeito, é foda, é em nome de coisas importantes para mim, entende? Entendo.

E conforme vai ficando insuportável eu começo a questionar a importância das coisas que escolhi e que impõem condições tão brutas. Eu quase desisto delas, mas aí seria entregar os pontos para a sala de plástico e isso eu não vou fazer nunca, o CARALHO que vou.

Pois sim.

Bom feriado, Marília.

Friday, April 01, 2005

Busca

Ali eu busco o que está em mim, mas está fora de mim e eu preciso trazer até mim. Busco os meios.
Ali eu escuto o que eu já sei, mas não sei como saber. Preciso, sim, de meios.
São meios artificiais, primitivos, simbólicos, infantis, bagunçados, sujos, exploradores, mentirosos porque eu demandei caminho. Ainda preciso do ritual, do teatro, da ordem, da estrutura, da hierarquia, do limite.

 
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